
Itália, Croácia, Austria e Suiça
Junho de 2016
palácio de Schöbrun
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11º Dia
Quarta-feira, 22 de junho de 2016
Hora: 8:00
Destino: Viena, 200 Km
Coordenadas GPS: N 48.13707 E 16.31651
Fez-se a manutenção da auto-caravana, de seguida partimos rumo a Viena. A viagem decorreu normalmente sem nada de relevante a assinalar.
Cerca das 11:00 chegámos ao Reisemobil - Stellplatz Wien ( N 48.13707 E 16.31651), um parque de campismo exclusivamente dedicado a autocaravanas. Como aspeto negativo, apenas se aponta o facto de não ter locais com sombra. No entanto é sossegado e está relativamente próximo da zona histórica de Viena, estamos a falar de algo como 14 Km. Duas noites custaram 42€.
Depois de instalados no camping, fomos para a cidade almoçar, para que a seguir ao almoço pudéssemos rever parte da cidade.
Já conhecíamos Viena, no entanto fazia alguns anos que não voltávamos, era nossa intenção avivar a memória e por outro lado visitar o Palácio de Schӧbrun, essa era a nossa grande prioridade.
Começámos por visitar a Catedral de Santo Estêvão, que é uma das mais antigas catedrais do estilo gótico europeu. Está situada na Stephansplatz, no centro da cidade.
Trata-se de uma obra mundialmente conhecida e um exemplo da arquitetura do século XII. É ainda uma das mais importantes catedrais góticas do mundo.
A catedral foi construída sobre as ruínas de uma igreja românica dedicada a São Estevão, construída em 1147.
A catedral tem uma grande torre com forma de agulha (Steffl) construída em estilo gótico que, com seus 137 metros de altura, pode ser vista de diferentes pontos de Viena. Depois de uma árdua subida por uma escada em caracol, chega-se ao mirante da torre, que oferece uma bela vista do centro da cidade. A Catedral é coberta por um Telhado de Azulejos, formado por mais de 250.000 azulejos que tiveram que ser restaurados depois de terem sido seriamente danificados durante a II Guerra Mundial.
No interior da catedral podemos observar diversos estilos arquitetónicos provenientes de diferentes épocas; a nave central, as capelas laterais e o coro procedem de uma das reconstruções feita em estilo gótico e alguns dos edifícios laterais foram reconstruídos em estilo barroco.
O interior da catedral abriga os restos mortais de grande parte dos membros da família Habsburgo e foi o local do casamento e posterior funeral do magnífico Mozart.
De seguida, dirigimo-nos à zona dos Palácios, Câmara (Rathaus) e Parlamento. Estava muito calor, tirou-se uma imensidade de fotos porque é uma zona muito bonita. Perguntou-se o preço dos bilhetes do “Best Bus” para o dia seguinte.
Continuámos o nosso périplo pela cidade, tendo visitado vários jardins, muito bonitos e grandes, com fontes de água muito fresquinha, o que era ótimo num dia de tanto calor.
Havia muita euforia por toda a cidade, era o dia do jogo da Áustria com a Islândia (Euro 2016), eles estavam convencidos da vitória. Em frente da Rathaus havia um recinto com bancadas e um ecrãs gigante, onde se poderia ver o jogo. Havia filas enormes para entrar e assistir ao jogo que a Austria acabou por perder.
Depois do jantar voltámos ao camping, tinha sido uma tarde bem passada. Apesar de um pouco cansados, tinha valido a pena. Viena é de facto uma cidade fabulosa, uma das que estão no top das nossas preferências.
12º Dia
Quinta-feira, 23 de junho de 2016
Hora: 8:30
Destino: Visita a Viena
Saímos pouco depois das 8:30 em direção a Viena. Estacionámos a moto nas traseiras da Rathaus, tendo de seguida ido comprar os bilhetes para o Big Bus Tours Vienna, assim como para os palácios que pretendíamos visitar, tendo-se pago 104€ em cash, uma vez que não aceitavam outra forma de pagamento.
A jovem que nos vendeu os bilhetes, falava um pouco de português, porque tinha estado em Viseu a fazer Erasmus na área de turismo.
Apanhámos o autocarro da linha azul porque era o que nos levava ao Palácio de Schӧbrun. Foi necessário validar os bilhetes para a entrada e deixar o que transportávamos em cacifos. Depois da validação dos bilhetes tivemos que aguardar pela hora da visita que nos havia sido atribuída, ou seja, às 11:37. Aproveitámos o tempo de espera para visitar os jardins do palácio, ainda que de forma rápida.
Os jardins são enormes ao estilo dos do palácio de Versalhes. Os Jardins Franceses do parque foram desenhados em 1695. O parque compreende falsas ruínas romanas e um laranjal, apanágio dos palácios de luxo daquela época. O cimo do parque é ocupado pela Gloriette, um edifício em estilo Neoclássico, de onde se dispõe de uma vista panorâmica sobre o palácio e sobre a cidade de Viena.
Regressámos ao palácio para a visita.
O Palácio de Schönbrunn foi residência de veraneio da família imperial austríaca e é hoje o local mais visitado da Áustria. Esse lugar incrível é apelidado de “Palácio de Versalhes de Viena” e possui 1441 quartos no estilo barroco, sendo abertos 40 deles ao público, que contam um pouco da história dos Habsburgos. O Palácio é um Património Histórico Mundial por conta da importância histórica e da impressionante mobília barroca.
Elisabeth da Baviera, a famosa Sissi, após se casar com o imperador Francisco José I, passou a ser a imperatriz consorte da Áustria e também rainha consorte da Hungria (a partir de 1867), viveu no Palácio de Schӧbrun.
Foi dentro deste palácio que Mozart tocou para a realeza pela primeira vez, aos 6 anos na Sala dos Espelhos.
Não é permitido fotografar o interior!
O palácio justifica uma demorada visita.
















Regressámos ao centro da cidade para almoçar, apesar de já ser um pouco tarde. Não foi difícil encontrar um restaurante na Burggasse, relativamente perto da Maria-Theresien-Platz.
Almoçou-se um pouco à pressa, uma vez que tínhamos ainda de visitar o museu da Imperatriz Sissi.
Dominando o centro de Viena, o Hofburg foi a residência dos Habsburgs, soberanos austríacos que reinaram do século XIII até o fim da monarquia, em 1918. O Hofburg, é em nosso entender, outro local de visita obrigatória que nos permite vislumbrar ao mundo dos Habsburgs, uma das mais importantes dinastias da Europa. Praticamente todas as atrações de Viena giram em torno dos Habsburgs. Para muitos, o membro mais famoso talvez seja Sissi (1837 -1898), como era chamada a imperatriz Elizabeth da Áustria, esposa do imperador Francisco José I, que anteriormente já tínhamos feito referência.
A visita ao Hofburg permite conhecer os aposentos imperiais, a coleção de prataria da corte e o Museu Sissi, que é sem dúvida um dos pontos altos da visita. Muito do que é conhecido sobre Sissi baseia-se nos filmes da trilogia de Hollywood, lançada na década de 50. Nestes filmes, Sissi cujo papel é desempenhado pela bela Romy Schneider, é retratada como uma jovem feliz que amava o seu marido. A realidade foi bem diferente!
Sissi, na verdade, foi uma mulher muito infeliz, obcecada pela beleza. Reconhecida como a mulher mais bela de seu tempo, a imperatriz vivia fazendo dietas rigorosas, gastava cerca de duas horas do dia apenas para pentear os seus longos e belos cabelos. Teve quatro filhos, no entanto a primeira filha morreu com apenas dois anos e o seu único filho, 0 arquiduque Rudolfo Francisco Carlos José, que seria o herdeiro do trono, em 30 de janeiro de 1889, foi encontrado morto no seu quarto do pavilhão de caça de Mayerling. Junto a ele, estava a pistola que supostamente teria usado para disparar sobre si e, sobre a cama, o corpo também sem vida da sua amante, Mary Vetsera, de dezessete anos, com uma bala na cabeça. Tudo apontava para um caso de pacto de suicídio, mas ninguém podia acreditar que Rodolfo, de trinta anos, tivesse tirado a sua própria vida voluntariamente.
Além disso, o governo austríaco com o objetivo de ocultar os pormenores do acontecimento, tentaram fazer crer que poderia tratar-se de um assassinato. A partir daí, formularam-se todos os tipos de teorias sobre a sua morte
A morte do filho, que aparentemente nunca superou, acentuou o estado já depressivo de Sissi, que vivia solitária e avessa às obrigações de imperatriz. Vivia viajando e adotando práticas alimentares cada vez mais agressivas, enquanto o seu marido trabalhava da manhã ao anoitecer, sendo descrito como um verdadeiro workaholic. Sissi não se dava bem com a sogra, a arquiduquesa Sofia e era mal vista na corte.
A vida infeliz de Sissi teve um fim trágico. Em 1898, durante uma viagem a Genebra, na Suíça, um anarquista italiano acertou-lhe no peito com um fino estilete. Sissi faleceu horas depois.
Ao saber da morte da esposa, Francisco José I terá afirmado: “Vocês não sabem o quanto amei esta mulher”.
Ao visitarmos o escritório do imperador, realmente não é possível duvidar do amor que ele sentia pela esposa, há retratos de Sissi por toda a parte.
O museu tem inúmeros objetos pessoais, cartas, nomeadamente vestidos que Sissi usou em bailes de gala. Chama à atenção a medida da cintura de Sissi, 48 cm apenas.
São impressionantes as várias baixelas de ouro e prata, os inúmeros serviços de louça em fina porcelana, não esquecendo ao centro de mesa de vários metros todo em ouro, deslumbrante!
Ouvir a história dela através do audioguia, é algo muito interessante.
palácio Hofburg e o Museu da Sissi

















Fomos ainda no Bus fazer o percurso da linha vermelha, mas estava ainda muito calor. Terminado o percurso fomos relaxar um pouco para o Volksgarten, que é em frente do edifício do Parlamento. No jardim sentia-se um pouco mais de fresco, estava agradável.
Era hora de jantar, procurámos um restaurante onde ficámos na conversa até relativamente tarde, comentando as coisas impressionantes que tínhamos visto.
Valeu a pena, foi um dia em cheio!!!
viena























