
Junho de 2017
França, Alemanha e Bélgica
15º Dia
Segunda-feira, 19 de junho de 2017
Hora: 9:00
Destino: Visita a Bruxelas
Demos início à nossa visita a Bruxelas deslocando-nos à Catedral de São Miguel e Santa Gudula.
A Catedral de São Miguel e Santa Gúdula (Cathédrale Saint-Michel et Saint-Gudule) é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Bruxelas.
Sua construção, em estilo gótico, começou a princípio do século XIII, sobre uma construção românica do século XI e só terminou até dois séculos depois. Seu estado de conservação é muito bom, pois entre 1983 e 1989 passou por um importante restauro.
A catedral era conhecida como a Igreja de São Miguel até que, em 1047, depositaram no interior os restos de Santa Gúdula, falecida em 712. Foi então quando a igreja ganhou o nome de São Miguel e Santa Gúdula.
O interior da catedral é bastante sóbrio, já que foi saqueada diversas vezes. Apesar disso, a catedral conserva um aspecto impressionante. Situado à direita da nave central, destaca-se um belo púlpito barroco talhado em madeira de 1699, além dos originais confessionários de carvalho do século XVII, as enormes estátuas situadas nas colunas e alguns vitrais perfeitamente conservados.
O “Tesouro” da catedral está na Capela do Santíssimo Sacramento, guardado cuidadosamente por um pórtico de ferro forjado do século XVIII. No interior são mantidos diversos objetos litúrgicos e religiosos, cálices, vários retábulos e esculturas. Na capela destacam-se vários vitrais, mais amplos que os do resto da catedral, que datam de 1540.
Um detalhe que não passa desapercebido é o imponente órgão Grenzing, com mais de 4.000 tubos e 4 teclados.
A Catedral de São Miguel e Santa Gúdula é uma das visitas mais importantes de Bruxelas, pois é considerada a principal igreja católica da Bélgica. Um local a não perder, foi um início de visita com chave de ouro.
A partir daqui divergimos para a Grand-Place de Bruxelas.
A Grand Place (Grote Markt em flamengo) é o coração geográfico, histórico e comercial de Bruxelas, além de ser uma das praças mais notáveis da Europa. Essa animada praça faz parte do conjunto arquitetónico do século XVII mais bonito de toda a Bélgica.
A Grand Place é composta por um conjunto arquitetónico impressionante, dos quais se destacam os seguintes edifícios:
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Hotel de Ville: Situado a sudoeste da praça, a Prefeitura é a jóia arquitetónica mais importante e mais antiga da praça. No edifício, que data de 1459, destaca-se uma torre de 96 metros de altura, rematada com uma estátua de São Miguel, e o telhado perfurado com dezenas de claraboia;
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Maison du Roi: A Casa do Rei foi construída em 1536 e teve que ser reformada em 1873. Durante muitos anos foi o lugar de residência dos monarcas reinantes, mas hoje em dia abriga o Museu da Cidade (Musée de la Ville), no qual são expostas pinturas do Século XVI, alguns tapetes e pequenas roupas que fazem parte do guarda-roupa do Manneken Pis.
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Maison des Ducs de Brabant: Entre os números 1e 19 da praça encontra-se este conjunto neoclássico de edifícios com raíz flamenga, formado por seis casas.
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Le Pigeon: Nos números 26 e 27 da praça está LePigeon, casa onde residiu o novelista francês Victor Hugo durante o seu exílio na Bélgica, em 1852.
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Le Renard, Le Cornet e Le Roy d´Espagne: No mesmo edifício estão estão sediados Le Renard (o zorro), que data de 1690 e Le Cornet, do ano 1697. Le Roy d’Espagne é o bar mais famoso da Grand Place porque, além da cerveja, oferece uma vista privilegiada. Em sua fachada tem um busto de Carlos II da Espanha, soberano da Bélgica no século XVII.
À esquerda do edifício da Town Hall, há uma estátua feita de bronze que dizem que dá sorte para quem passa a mão no seu braço. É a estátua de Everad’t Serclaes, executado no século XIV enquanto defendia Bruxelas.
A Grand Place é o coração de Bruxelas e o lugar mais disputado da cidade. Saborear uma cerveja belga rodeados de tanta história, no meio do movimento, ver os turistas indo e vindo não tem preço.
Havia imensos turistas em todos os locais da cidade, no entanto havia uma uma presença "musculada" de exército e da polícia, com o intuito de dissuadir e prevenir eventuais atentados terroristas. Todos os pontos sensíveis da cidade encontravam-se fortemente vigiados.
Estivemos na famosa Galeria Royale de Bruxelas, faz lembrar a Galeria Vitor Emmanuel de Milão. É uma galeria muito famosa e uma das mais luxuosas da Europa. A galeria foi aberta em 1847 e a sua atração de início eram os incríveis chocolates belgas. Hoje, a galeria possui muitas lojas, além das lojas de chocolates, tem também outros produtos de qualidade, como óculos, relógios e roupas. A Galeria Royale é um lugar apetecível para fazer compras em Bruxelas e também para comer ou tomar um café, pois possuí lindos restaurantes com as mesas espalhadas para o lado de fora da galeria. Um lugar muito bonito para se conhecer e passar algum tempo fazendo compras.
A cidade tem várias praças e ruas com esplanadas, onde os turistas se sentavam para descansar um pouco, uma vez que aquela hora já estavam 30º e a temperatura iria subir. Apesar da temperatura elevada e do calor se fazer sentir cada vez mais, não abrandámos o ritmo previsto para a nossa visita.
De seguida fomos ao Manneken Pis, que é a dois passos da Grand Place. A estátua, de um menino fazendo xixi dentro de uma fonte, não supera os 60 centímetros, sendo no entanto o ex-libris de Bruxelas e extremamente famosa.
A estátua original foi colocada no alto da fonte em 1619, existindo várias lendas sobre sua origem. Alguns contam que um menino salvou Bruxelas de um incêndio com seu xixi, outros asseguram que um rico burguês da cidade perdeu seu filho nas ruas do centro e, finalmente, o encontrou na posição em que se encontra a estátua hoje.
Andámos pela cidade tirando fotos, passámos pela Bolsa de Valores de Bruxelas (Bourse de Bruxelles), entrámos em várias igrejas, entre elas a Église Saint Nicolas e fomos visitar o edifício do Conselho Europeu.
De seguida fomos visitar o Atomium, que foi construído em 1958 em Bruxelas no âmbito da Expo 58. Com 103 metros de altura, o Atomium representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 mil milhões de vezes, com tubos que ligam as 9 partes formando 8 vértices.
As esferas de ferro com cerca de 18 metros de diâmetro estão ligadas por tubos com escadas no seu interior com um comprimento de cerca de 35 metros. As janelas instaladas na esfera do topo oferecem aos visitantes uma vista panorâmica da cidade. Apesar do calor intenso, valeu a pena a visita.
Regressámos à zona da Grand Place, onde se aproveitou para fazer a compra de "souvenirs" e percorrer mais alguns locais de interesse. Fez-se algumas pausas uma vez que o calor continuava intenso.
Foi de facto um dia fantástico e o último deste tipo no nosso passeio das férias deste ano, uma vez que a notícia do internamento hospitalar de um familiar próximo, nos obriga a um regresso mais apressado.
BRUXELAS



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