
França, Alemanha e Bélgica
Junho de 2017
1º Dia
Segunda-feira, 5 de junho de 2017
Hora: 14:10
Destino: Valladolid, 469 Km
Coordenadas GPS: N 41,655828 W 4,737567
Neste dia o tempo estava muito bom. O objetivo era partir a seguir ao almoço e fazer alguns quilómetros para pernoitar em Valladolid. Para chegar à fronteira espanhola, meteu-se apenas 20 € de gasóleo na AC no Jumbo da Figueira da Foz, tendo-se dado início à viagem logo de seguida.
Em Mangualde, ao pé da fábrica da Pegeout a GNR fez-nos uma operação stop. A primeira em território nacional desde que temos a AC. Foram simpáticos, como estava tudo OK mandaram-nos seguir, com votos de boas férias e boa viagem.
Entrámos na A25 em Mangualde às 16h10, com destino a Vilar Formoso, tendo começado logo a desembolsar nas portagens.
Neste troço até Vilar Formoso lá se foram 11, 35 € em portagens.
Entrámos em Espanha às 16h08, onde continuava bom tempo com sol e algum calor, mas sem ser em demasia.
Em Alaejos atestou-se a AC, foram 75 €, tendo-se chegado à ASN de Valladolid (N 41,655828 W 4,737567), cerca das 20:40. Na AS já estavam muitas AC’s talvez umas vinte ou mais, tivemos de estacionar na transversal, atrás duma AC que rebocava um carro preto antigo em processo de restauração e que estava a ficar "como novo". Não resistimos e tivemos que ir espreitar, uma vez que somos fãs de carros antigos.
A viagem havia decorrido de forma tranquila como é habitual.
Fomos para a cama cedo uma vez que no dia seguinte o percurso seria exigente.
2º Dia
Terça-feira, 6 de junho de 2017
Hora: 07:30
Destino: Oradour-sur-Glane via Irun, 770 Km
Coordenadas GPS: N 45,934630 E 1.025834
Quando saímos de Valladolid estava sol, mas à medida que nos aproximámos de Burgos, arrefeceu e nublou, estava prevista chuva para aquela zona.
A Seguir a Burgos, em Castañares tirou-se ticket, tendo-se pago em Arimiñon €12 de portagem. A 110 km de San Sebastian tirou-se novamente ticket.
Desde que saímos de Valladolid, que de vez em quando chove e à medida que nos aproximamos de San Sebastian piora, na zona dos tuneis estava uma chuva miudinha e cerca de 14º C. Pagou-se 12,80 € de portagem. Em Hernani atestou-se a AC, foram 48 €, para se poder andar o mais possível em território francês com gasóleo mais barato. Antes da fronteira pagou-se mais 2,43 € de portagem.
Nos últimos quilómetros passámos por muitas centenas de TIR’s completamente empancados ocupando duas faixas de rodagem, deixando apenas uma para os ligeiros. Julgámos que seria por causa de algum controlo na fronteira, mas não deu para perceber exatamente o que se passava. Julgamos que seria apenas devido ao volume intenso de tráfego de TIR's e eventualmente algumas medidas mais apertadas de controlo na fronteira francesa. Atravessámos a fronteira às 11:37 ultrapassando a fila gigante de TIR’s, tendo-se pago logo 2,60 € de portagem, ao entrar em França.
Pensámos que tudo ia melhorar ao percorrer uns quilómetros em território francês, mas que grande engano! Na zona das obras nas estradas das Landes que duram há demasiado tempo tudo piorou. Com aquele transito todo de TIR's é um bocado cansativo.
Por volta das 13:35 parámos na área de serviço de Porte-des-Landes Este para almoçar e descansar. Havia muitos TIR’s na estrada e como tínhamos ouvido na rádio que havia filas de trânsito enormes e um acidente em Bordéus, ficámos um tempo a descansar esperando que o transito aliviasse um pouco. Partimos mais tarde do que o inicialmente previsto, porque não tínhamos pressa de chegar a Oradour-sur-Glane. Voltámos à estrada cerca das 15:00 mas infelizmente o transito não tinha abrandado, muito pelo contrário, a fila de trânsito compacto era de mais de 50 km. A 35 quilómetros de Bordeus eram duas faixas de camiões em velocidade super reduzida e uma onde circulavam as viaturas ligeiras. Como não havia muito trânsito ligeiro lá fomos passando a fila imensa de TIR's, mas não foi fácil ultrapassar aquela fila dupla imensa. No meio daquela confusão lá se atravessou Bordéus, tendo demorado duas horas do local da paragem de almoço até à saída da A10 que nos levaria até Oradour-sur-Glane. A passagem por Bordéus é sempre complicada mas desta vez foi indescritível. Apesar de tudo a nossa sorte foi os camiões não poderem rolar na faixa mais à esquerda e não haver muito transito de viaturas ligeiras.
No percurso até Bordéus, pagou-se mais 16,1 € em portagens.
Faltavam ainda 173 km até á ASN de Oradour-sur-Glane (N 45,934630 E 1.025834), mas o trânsito continuava intenso. Aquela estrada é a rota para a Suíça, e por ser uma estrada nacional não se paga, pelo que a maioria do trânsito pesado vai lá. Havia um acidente que envolvia três camiões, sendo dois deles portugueses, estando um capotado na berma da estrada. Felizmente não parecia haver feridos graves, apenas arranhões e danos materiais.
Durante este percurso estava um vento intenso.
Chegou-se a Oradour-sur-Glane cerca das 19:00. Aproveitou-se a oportunidade para descarregar os depósitos da AC. A ASN estava praticamente cheia. Tivemos de ficar num dos poucos lugares disponíveis no patamar superior. Estavam lá para pernoitar cerca de 32 AC’s, uma vez que o local é calmo e bem localizado. A AC do nosso conhecido "pirata" ainda lá estava, dizemos conhecido porque já no ano anterior em que lá pernoitámos lá estava. Pensamos que é residente naquele “condomínio”. Foi apelidado por nós de "pirata" porque tinha uma AC com um aspecto que fazia lembrar um navio dos piratas.
Depois do jantar, atestámos o depósito da água e fomos para a cama dormir cedo, uma vez que a viagem tinha sido desgastante.
3º Dia
Quarta-feira, 7 de junho de 2017
Hora: 8:00
Destino: Mulhouse, 650 Km
Coordenadas GPS: N 47.73501 E 7.32389
Acordou-se cedo, estava um dia de sol, no entanto a temperatura era de apenas 10º C. Vamos seguir pela estrada nacional que é razoavelmente boa, tendo inclusivamente troços com perfil de AE. Atendendo a que o preço das portagens em França é relativamente elevado, a opção era fazer o maior número de quilómetros em estradas nacionais.
No E.Eclerc de Mont-Louçon atestou-se a AC foram €76,00 e comprámos pão.
A viagem decorreu sem incidentes, havia algum transito mas nada comparável ao dia anterior. Parámos para almoçar cerca das 13:00. Partimos cerca das 13:30. Por causa de um desvio na estrada motivado por obras, andámos por estradas secundárias num ambiente rural. Passámos por várias localidades, todas elas tipicamente francesas, muito floridas, limpas e bem cuidadas, no entanto isto obrigou-nos a fazer mais uns quilómetros.
Chegámos ao Camping de l'Ill a Mulhouse (N47.73501 E7.32389) às 19:30, tendo-se pago logo o camping para as duas noites. Foram 39 €, o que é relativamente barato, no entanto o camping era um pouco muito antigo, não sendo a limpeza grande coisa, mas deu para o objetivo em vista.
4º Dia
Quinta-feira, 8 de junho de 2017
Hora: 9:00
Destino: Visita a Mulhouse
Fomos de moto. Aproveitou-se para se tirar imensas fotos.
O nome da cidade tem origem no alemão Mühlhausen (moinhos), pois as primeiras instalações sedentárias foram moinhos construídos à beira dos dois rios que banham a cidade. O símbolo da cidade é, naturalmente, uma roda de moinho.
Mulhouse foi uma república germânica independente até sua reunião à França, em 4 de janeiro de 1798.
Por causa dessa união tardia com a França, e também porque a cidade não tinha grande importância na época, seu papel administrativo permaneceu limitado. Assim, Colmar, hoje com muito menos habitantes, ainda é a capital do departamento.
O desenvolvimento de Mulhouse foi estimulado pela expansão da indústria têxtil, depois pelas indústrias químicas e indústrias mecânicas a partir do meio do século XVIII.
A cidade é muito bonita, o edifício da câmara não foge à regra, está de tal maneira pintado que parece em relevo e está numa praça também muito bonita, as ruas à volta são muito interessantes com muitas esplanadas e vários jardins bonitos e bem cuidados.
Fomos à Belvédère Tower que tem vinte metros de altura e foi construída em 1898. Fica numa zona residencial muito recatada no meio duma zona verde invejável. Subimos uns 150 degraus mas valeu a pena, tem uma vista sobre a cidade muito bonita, dá para tirar de lá boas fotos. Regressámos à cidade e fomos visitar o Museu do Trem, gostámos muito de ver aqueles comboios desde os primórdios até ao TGV, passando pelos lendários comboios de passageiros, alguns de grande requinte e luxo para a época. Outros eram do tempo da segunda guerra mundial e tinham uma longa “história”. O custo dos ingressos foi de 24 €, mas valeu a pena.
Como não se podia perder muito tempo a almoçar fomos ao McDonald's. De seguida fomos visitar o Museu Nacional do Automóvel. Este museu foi uma surpresa enorme para quem gosta de carros, é uma loucura! A fachada da entrada é soberba, tendo no interior cerca de 750 automóveis em estado impecável. Há carros desde os primórdios da construção automóvel, qual deles o mais bonito ou o mais exuberante. A nossa visita demorou cerca de três horas, tiveram que nos chamar para poderem fechar, foi aproveitar até ao último minuto, tendo nós tirado centenas de fotos, tendo sido uma tarde em cheio. Adorámos! Mais que se justificou os 26 € dados pelos bilhetes de entrada.
À saída comprou-se um livro fantástico com inúmeros carros da coleção do museu, de seguida fomos embora deliciados.
Como as horas tinham passado rapidamente, era quase hora de jantar, pelo que fomos de imediato para a AC jantar. Tinha sido um dia intenso, mas estávamos cansados e satisfeitos.



















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